A Raiva nos devasta por dentro. Não faça nada, mas não se torne um nada. Essa filosofia é muita conhecida dentro da Kabala (sistema místico judaico). Quando entrar em uma tamanho de ódio, amargura, depressão, raiva, tente perceber como é divertido simplesmente sentar-se em silêncio pra praticar o não fazer nada.
Experiência nenhuma, experiência zero. Em nossa cultura, no momento em que os pais vêem uma menina sem fazer nada, logo dizem: Vá fazer algo, vá estudar, vá trabalhar, irá brincar . Enfim, o não fazer nada é uma coisa que algumas vezes incomoda. Mas é fundamental em determinados momentos. A Cabala ensina que é mais importante não fazer nada do que tornar-se um nada.
Hitler não tivesse feito nada, ao invés de ter feito tudo o que fez, convertendo-se um nada, alguém perversa que trouxe sofrimento a pessoas. Quando alguém sai pela rodovia embriagada e atropela uma pessoa, melhor seria ela ter ficado recolhida no lar, sem fazer nada, do que tornar-se um nada. Quando alguém estuda anos até o colégio, pra depois ser um perverso, roubar, firmar e punir, melhor seria se não tivesse feito nada do que estudado para entrar a isso. Quando alguém assalta, melhor seria não fizesse nada ao invés tornar-se um nada. Isso me lembra até a idéia de contarmos até 10 antes de tomar uma atuação várias vezes agressiva.
Esse mencionar até dez é entrar exatamente pela extensão de não fazer nada. E você deve recordar-se de momentos do passado no momento em que o mais legal teria sido não fazer nada do que ter se tornado um nada. Em que ocorrências de tua existência teria sido divertido a prática do nada? Atenção. Isso neste instante passou, não existe mais. Não se culpe, mas reflita sobre o que você podes usufruir dessas ocorrências.
Certa vez eu estava com a mestra Diana Prem Zeenat, fazendo uma peregrinação na Europa, quando, fascinado por uma igreja em Veneza, não percebi que o grupo que estava conosco tomou outro rumo e me deixou sozinho. Na hora eu me senti como se tivessem esquecido de mim. Lá estava eu: na Itália, perdido, sem expor italiano, sem passaporte e sem dinheiro.
Minha primeira reação foi de temor e logo depois de muita raiva e indignação, reações que injustamente dirigi a Diana. Hoje imagino que queria localizar um culpado que não fosse eu. Após aguardar alguns minutos, saí à busca do grupo, num gesto impensado, pois o ideal seria esperar que eles me procurassem. Mas não soube conservar a tranquilidade e agi movido pelo impulso de raiva, tornando-me um nada, ao invés não ter feito nada e esperado. Saí andando por Veneza, em direção ao nosso hotel, e até peguei carona de barco. Quando lá cheguei, depois de duas horas de realista sufoco, minha pretenção foi descarregar a ira em Diana, que estava no hall do hotel, aflita.
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Ao vê-la com aqueles olhos azuis cheios de lágrimas, preocupada por eu ter me perdido, ainda tentei conservar a raiva e pedi dinheiro pra almoçar sozinho. Ela me deu e foi atrás de mim, pedindo desculpas por uma responsabilidade que não era dela. Após alguns minutos, já mais controlado, eu a abracei e me senti em paz ao ser tocado por uma pessoa que em tão alto grau admiro. Nessa ocorrência foi fundamental eu não ter feito nada, ao invés me tornar um nada e brigar.
O caminho da intolerância e da raiva é bem-vindo em outras ocorrências pela vida. Parece absurdo reiterar isso, todavia reflita você mesmo. Intolerância e raiva em outras circunstâncias é um bom caminho. Mas há também novas circunstâncias de intolerância que acontecem fora da gente e desejamos avaliá-las. Tudo isso gera descontentamento e com explicação.